Ostomia: Quem pode fazer e Por Que Realizar o Curso?
Como surgiu a ostomia?
Durante a Idade Média e o Renascimento, o conhecimento médico avançou, mas as técnicas de ostomia ainda eram rudimentares. Os pacientes frequentemente não sobreviviam a cirurgias de ostomia devido à falta de compreensão sobre infecções e higiene.
Somente no século 19, com o avanço na compreensão da anatomia e técnicas cirúrgicas, a ostomia se tornou mais segura e eficaz. Foi nessa época que o médico alemão Hermann W. Iselin cunhou o termo "ileostomia" para descrever a criação de uma abertura no íleo (parte final do intestino delgado) para desviar as fezes.
Hoje, a ostomia é uma prática médica estabelecida e comum em todo o mundo. Além disso, há uma ênfase significativa no apoio psicológico e na educação do paciente para ajudar aqueles que passam por esse procedimento a se adaptarem e a levar uma vida saudável e plena.
O que é ostomia?
Uma ostomia é uma abertura cirurgicamente criada no corpo humano para permitir a passagem de fluidos corporais, como fezes, urina ou secreções, para fora do corpo. Essa abertura é conectada a um dispositivo médico chamado bolsa de ostomia, que coleta e armazena os fluidos para posterior eliminação. As ostomias são realizadas em pacientes que têm problemas de saúde que impedem a passagem normal desses fluidos pelo trato digestivo ou urinário.
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Quais os tipos de ostomias?
Colostomia
Envolve a criação de uma abertura no cólon (intestino grosso). É realizada em casos de câncer colorretal, doenças inflamatórias intestinais, lesões traumáticas ou outras condições que impeçam o funcionamento normal do cólon. Uma colostomia pode ser temporária ou permanente, dependendo da condição do paciente.
Ileostomia
Nesse procedimento, uma abertura é feita no íleo (parte final do intestino delgado). A ileostomia é geralmente realizada em casos de doença de Crohn, colite ulcerativa ou câncer de cólon. A saída é líquida, uma vez que os fluidos digestivos ainda não foram processados pelo cólon.
Urostomia
Esta ostomia é criada para desviar a urina diretamente do trato urinário para fora do corpo. É frequentemente realizada em casos de câncer de bexiga, traumas no trato urinário ou defeitos congênitos. A urina é coletada em uma bolsa de urostomia.
Embora possa ser uma adaptação desafiadora para os pacientes, muitos encontram maneiras de levar uma vida ativa e saudável com uma ostomia, com o apoio e o aprendizado de cuidados adequados. O acompanhamento médico é essencial para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes com ostomias.
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Quando é indicada a ostomia?
A ostomia é indicada em diversos momentos, principalmente quando uma pessoa enfrenta condições de saúde que afetam o funcionamento normal do trato gastrointestinal ou urinário, e quando outras opções de tratamento não são eficazes.
- Câncer: colorretal, bexiga ou ginecológico avançado.
- Doenças intestinais: doença de Crohn ou colite ulcerativa
- Pós-cirurgia: cirurgias abdominais complexas
- Anomalias: malformações congênitas no trato gastrointestinal ou urinário
- Doenças neuromusculares: condições neuromusculares, como a doença de Hirschsprung, podem afetar a função do intestino e requerer uma ostomia.
Qual o tempo certo para trocar a bolsa de ostomia?
A frequência com que uma ostomia precisa ser trocada pode variar de paciente para paciente, dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de ostomia, o estado da pele ao redor da ostomia, o tipo de dispositivo de coleta usado e a quantidade e consistência dos fluidos eliminados.
Em geral de 3 a 7 dias. Alguns pacientes podem precisar trocar a bolsa com mais frequência se ela ficar cheia rapidamente ou perder sua aderência.
Quem pode fazer o curso de ostomia?
O curso é direcionado principalmente para profissionais de saúde que desejam se especializar no cuidado de pacientes com ostomias. Os principais grupos de profissionais que podem se beneficiar desse tipo de formação incluem: Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e profissionais de saúde em geral.
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O que estuda no curso de Ostomia?
A educação em ostomia geralmente inclui informações sobre tipos de ostomias, técnicas de cuidados com a ostomia, seleção de dispositivos de coleta, prevenção de complicações, gerenciamento de problemas comuns, educação do paciente e apoio psicológico. Esses cursos são projetados para garantir que os profissionais de saúde possam prestar cuidados de alta qualidade e apoiar os pacientes com ostomias em sua jornada de adaptação e recuperação.
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