A origem da profissão de Enfermagem surgiu através da necessidade do cuidado com as doenças do ser humano, suas práticas e meios para curá-las. Aguçando seu instinto por sobrevivência.
A enfermagem surgiu há milhares de anos, mas até ganhar o devido destaque levou tempo. Na época do surgimento da civilização, a profissão era camuflada através dos cuidados das mulheres, com panos de água quente e ervas de vários tipos.
As mulheres intelectuais da época, auxiliavam os sacerdotes no templo. Mas hoje podemos ver que a enfermagem não é algo que tem a ver com classe social, mas sim com identidade profissional.
Os hospitais eram uma estalagem cheia de camas. Mas, quem era acometido por alguma doença era mal visto perante o povo, pois achavam que estavam errados diante de Deus e estava pagando por algum tipo de punição.
A figura do líder religioso estava atrelada à cura das enfermidades, pois achavam que teriam que expulsar o espírito ruim e alguns faziam até sacrifícios para que a cura acontecesse
Os mesmos líderes obtiveram conhecimentos em ervas medicinais e o benefício da compressão de água quente sobre o local da dor e passaram para as pessoas que ajudavam nas tendas com os doentes .
O conhecimento era passado junto com outras áreas como a filosofia, anos depois que a religião e a filosofia desvincularam do ensino da saúde, e dando a devida atenção individual, de modo aprofundado.
Somente após a revolução industrial que aconteceu no século XVI é que a enfermagem finalmente conseguiu ganhar o devido destaque na sociedade, sendo considerada como uma profissão de extrema importância nos cuidados do corpo.
Em 1820, nascia a precursora da enfermagem no mundo, Florence Nightingale.
Italiana, mas com pais ingleses ela era poliglota e tinha inteligência para saber falar com as autoridades da época. Uma pessoa a frente do seu tempo e sensível às necessidades do próximo.
Desde cedo sabia que queria servir os doentes, tornou-se freira e foi voluntária em um grupo de irmãs nos campos de concentrações.
Em 1854 ela parte para sua primeira e principal missão que é ajudar os soldados feridos na guerra da Criméia, a morte dos soldados debilitados era grande nas batalhas, pois, não havia uma equipe com conhecimentos para tratá-los, com a chegada das irmãs e de Florence o número de mortos caiu, sempre andando pelos corredores do ambiente hospitalar com a lanterna em sua mão para verificar quem precisava de assistência.
Ainda na guerra contrai tifo, um tipo de febre causada pelas fezes do piolho, através da água contaminada, podendo comprometer o pulmão e os olhos.
Ao retornar da guerra, já debilitada, dedica-se ao ensino da enfermagem e recebe reconhecimento pelo trabalho prestado na Criméia e em 1860 ela inaugura a primeira escola de enfermagem que até hoje é referência para outras escolas de enfermagem no mundo inteiro.
Sua morte se deu em 1910 e assim Florence Nightingale entra para a história da enfermagem no mundo como a pioneira, expandindo conhecimentos e formalizando a profissão.
No Brasil colonial, a população recebia os cuidados pelos indígenas, escravos e padres através das ervas. A partir desses cuidados surgiu em 1539 a chamada Santa Casa de Misericórdia, com a finalidade de tratar dos doentes.
Já nos últimos séculos, sobretudo ao longo do século XIX e XX, tivemos um grande florescimento da ciência na área da saúde, que veio depois de muitas epidemias, problemas urbanos e o aumento de doenças contagiosas.
Sobretudo, após a revolução industrial e com moradores da área rural migrando para a cidade, a dinâmica de hospitais e toda área da medicina foi repensada.
No Brasil, diante dessa dinâmica, o governo criou instituições que atendessem a população. Foi então que a enfermagem começou a ganhar força, tendo mais notoriedade e conhecimentos científicos aprimorados e aplicados com os pacientes, desvinculando-se aos poucos da religião.
Há figuras que tiveram grande importância na enfermagem no Brasil, como Frei Fabiano Cristo que serviu por 40 anos e que exerceu seus cuidados de saúde no convento do Rio de Janeiro e Madame Durocher, que foi a primeira a receber um diploma pelos seus conhecimentos como parteira no Brasil.
Mas, queremos destacar outra pessoa que também contribuiu para o surgimento da primeira escola de enfermagem no País.
Ana Nery, nasceu na Bahia em 1814, casou jovem com apenas 23 anos com um militar da marinha e desta união nasceram três filhos Justiniano, Isidoro e Pedro dois se formaram em medicina e outro militar do exército e com 29 anos já era viúva, tendo a responsabilidade de ser o chefe do lar.
Já adultos, os filhos de Ana Nery foram convocados para a guerra e ela angustiada por saber como estavam os filhos, decidiu tomar uma atitude e escrever para a autoridade da Bahia pedindo permissão para cuidar dos feridos na guerra do Paraguai.
Com a permissão concedida ela vai em busca de treinamento no Rio Grande do Sul e já com os conhecimentos adquiridos partiu para prestar assistência aos feridos na guerra. Ela tornou-se a primeira enfermeira do Brasil.
Mesmo com poucos recursos para cuidar dos feridos, ela deixou seu legado de dedicação aos doentes. Ao retornar da guerra perde um filho e sobrinho, mas volta com 3 pequenos órfãos e cria como se fosse seus próprios filhos. Ganhou reconhecimento pela ação humanitária que teve sendo condecorada pelo governo da Bahia e recebeu pensão vitalícia por tudo que fez pela pátria através da enfermagem.
Seu falecimento aconteceu em 1880, de pneumonia, aos 65 anos.
Podemos ver que Florence Nightingale e Ana Nery eram mulheres que tinham visão além do ambiente em que viviam, não se limitavam a cuidar somente das pessoas da sua família, acreditavam que poderiam mudar para melhor o mundo a sua volta, exerciam a caridade para os desconhecidos , tinha um olhar aguçado para as necessidades do outro e com isso salvaram centenas de pessoas e entraram para a história da enfermagem.
Em 1926 foi fundada a primeira escola de enfermagem do Brasil e foi batizada com seu nome por ser a pioneira da enfermagem no Brasil, localizada no Rio de Janeiro.
Outra homenagem que merece destaque é a data 20 de maio, onde é celebrado o dia do enfermeiro, sendo o mesmo dia de sua morte, deixando seu legado eternizado para os agentes de saúde.
Sem os enfermeiros a população mundial teria reduzido drasticamente, então podemos dizer que os enfermeiros fazem parte da sobrevivência humana.
Após a última pandemia que o mundo enfrentou, a enfermagem nunca esteve tão em alta no mercado, se tornando uma profissão de valor e necessária, em todos hospitais e clínicas. Sempre haverá a necessidade de ter enfermeiros nas casas de saúde, esses profissionais são peça fundamental da equipe multidisciplinar.
Com os avanços do conhecimento na área, hoje no Brasil, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) existem cerca de 60 especialidades voltadas para área corporativa, home care, geriatria, cardiologia, estomaterapia, estética de injetáveis, centro cirúrgico e muitas outras.
De acordo com a ONU até 2030 terá um déficit de 9 milhões de enfermeiros no mundo, algo preocupante, por isso a principal organização mundial faz o alerta e campanha de valorização da profissão bem como o incentivo a novos adeptos e facilitação ao mercado de trabalho, todos os anos milhares de enfermeiros se aposentam necessitando de mais pessoas capacitadas para repor a mão de obra de quem saiu. As oportunidades são crescentes.
Com a população envelhecendo há necessidade de maiores cuidados quanto a doenças crônicas. Por tanto, se faz necessária especialização nesta área tão ampla.
Em relação à tecnologia, temos a área de diagnóstico com equipamentos de imagens avançadas, o desenvolvimentos de programas para o uso destes equipamentos, o uso de robôs em cirurgias, prontuários digitais, além dos resultados de exames através de sites, sem contar com as teleconsultas que já é algo habitual. Tudo isso faz parte da tecnologia dentro da enfermagem.
O profissional que procura se atualizar das novidades biotecnológicas vai usar esse recurso a seu favor, isso só aumenta sua proficiência na função.
A enfermagem do Brasil em comparação ao mundo, pode-se dizer que anda de mãos dadas, pois recentemente o Brasil aderiu a campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o incentivo, valorização e busca ser referência para outras nações.
De acordo com o COFEN, hoje existem cerca de 2.700.000 profissionais de enfermagem contando com técnico e auxiliar no Brasil.
Se você chegou até aqui é porque se identifica com a área da saúde, principalmente com a enfermagem, então não perca tempo, invista na sua carreira e venha estudar na Telos, temos os melhores professores da área e a grade curricular com tudo que você precisa saber para se tornar um profissional de sucesso.
Somos especialistas em saúde, nossos cursos são reconhecidos com nota máxima no MEC. Temos laboratórios com toda estrutura necessária para o dia a dia da profissão e parcerias com grandes hospitais.
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